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A volta ao mundo, por Bruno Apollo

A volta ao mundo: texto imagético por @brunoapolloreal
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Poema: transcender

New Wave:   texto imagético. @brunoapolloreal

O durante e o pós, amar é contradizer sistemas. Entendimento

Não precisamos abster-nos do que fomos, afinal isso compõe o que somos hoje, sendo que somos indefiníveis no presente.   Você entende quando te digo para ser livre? Eu quero enfatizar minha impaciência, orgulho e imaturidade, pra me despir das expectativas a cumprir e me auto-declarar como um moleque no mundo, aprendendo, correndo, apaixonado e lutando. Você entende quando te digo para ser verdadeiro? Meu pior suscita e eu deixei você ver, apertei o laço e me surpreendi com a força ao mesmo tempo que me desapontei com com a consistência. Você fez o que pode por um caso perdido, e caso não fosse tão astuto, provavelmente estaria preso a minhas correntes, eu as criei e envolvi a mim mesmo, para estar, para ser. Menti para mim sendo honesto para você, e conquistei a verdade mais dura que poderia encarar, que as linhas que sustentavam nossa história eram imaginárias, e que, apenas eu fechei os olhos, para ignorar a dor, dor na pele de um homem com precedências em comum, e afirmativas

Tempos de chuva para chegar a tempos de sol

A chuva cai em todas as estações, mas é no inverno que você acredita que não vai cessar. Somos tão tolos, assustados com o que está lá fora, observando do lado de dentro da casa através da vidraça. O moletom preto impede que seu corpo libere energia para o meio em que você está, Conservando o calor no seu corpo negligenciado, mas está tudo bem... O amanhã é um novo dia mesmo para aqueles que vivem cada dia como se fosse o último, a crença num novo dia com estilos de vida extravagantes é um terço, é fé, – é mentira. Mesmo a 16 C° nenhum de seus dedos estão frios, estão aquecidos pelo calor tépido do cigarro, -ah! Quase acabando! - logo virá o outro. Com a mão esquerda você pega a caneca de chá quente, ingere essa bebida suave em contraste com seu organismo, que pede por algum sustento sólido, um sustento que você se recusa a dar para ele, por que reflexos são importantes, e eles ficam mais presentes com as poças de água nas lacunas do chão, Pobre corpo... Na chuva o segundo tubo

Do início ao fim dos tempos

Espaço, inerente ao tempo, une –elo– transforma. Noite... Dia... Lua, noite... Medos, redutibilidade, saltos, quedas e ascensão... São partículas, particulares do ser enquanto vivo. Existo, sei porque sinto, então vejo, constato, provo, você viu? Não foi eu, foi... eu descubro, e diz-se que projeto. Eu crio? Não, fui criado! E sobre o que se trata: remete a algo que não sou eu, mas a algo que é ser, ser maior; deter algo; responsabilidade e o leite do peito que amamenta crianças, rebanhos em uma trilha estreita com cheiro de sangue e final feliz. Ouro e destaque sobrepõem a outras matérias. Definições magistrais são empregadas as ovelhas que podem falar, cercadas de certeza e asas pesadas para se aproximar, do que naturalmente não se alcança. Tem que estar distante para estar em todos os lugares, –narrou (sem autoria). E o meio é a catástrofe, pois o meio é o caminho pro fim, e o fim não acaba, está se aproximando, mas as promessas desenham um horizonte, não pergunte. Não encare, e

Suave...

Hoje eu me lembrei daquele dia, o dia que olhei pro seu rosto jamais esquecido porém distante, como você faz questão de se manter. Como consegue fazer tudo com tanto êxito e ao mesmo tempo só ser "suave"? Você não pode ser só isso. Não pra mim. Você, suavemente bateu suas asas soprando pra longe os tecidos finos que cobriam minhas lacunas. Me deixou desprotegido e os demônios que estavam dentro das lacunas se puseram para fora e nem minhas preces foram capazes de detê-los. As vezes encaro o reflexo do água tendo certeza de que este é o reflexo mais sincero que poderia enxergar, constato que sou o meu próprio demônio, sou aquilo que ameaça não só a mim mas como as coisas acerca de mim, você soube disso quando encarou meus olhos, não foi?  Se um dia fui o pilar, hoje sou o peso sobre uma estrutura gasta, frágil que está prestes a desmoronar. Nunca te dei nada de bom, como você um dia me entregara, devo confessar, mas te dei algo bonito, ou pelo menos acredito que tenha sid

Quando a vida se transforma em arte

                  Lana Del Rey em "Ride" A vida é muito mais parecida com um dicionário bagunçado do que com um livro literário, não é? Nesse dicionário mal impresso há muitas palavras; palavras suaves ou fortes, palavras cuja pronúncia e/ou entendimento soam difíceis e pouco espaço em branco pra expressão. Ao longo da leitura desse livro cinza vamos cruzando com palavras  que nos marcam como o amor, o ódio, a morte... Não só as aprendemos como as sentimos, talvez jamais as entenderemos. Mas é a partir daí que uma nova palavra nessa inusitada ordem aleatória chega: a palavra cor. Em seu plural e as vezes sucessivamente/ em sequência  as palavras inspiração, paixão e outras do gênero. É nesse momento que finalmente sabemos o que fazer com aquelas palavras, talvez nesse momento possamos atribuir cor, ordem ou sentido ao nosso dicionário bagunçado, e nos poucos espaços em branco, usamos aquelas palavras para criar nossas próprias linhas. Subjetivamente, com o que tem